LEIGOS E ORGANIZAÇÃO

 

 

LEIGOS E ORGANIZAÇÃO 

                                                           PEDRO CADEIRA   

 Muitas são as formas de organização dos Leigos em nossa Igreja: movimentos, pastorais, comunidades, serviços, conselhos… Devemos incentivar e valorizar todas estas formas de organização laical, mas sobretudo, os CONSELHOS DE LEIGOS.

          Os Conselhos de Leigos constituem o espaço adequado para nós, leigos e leigas, nos reunirmos e refletirmos sobre a nossa espiritualidade, formação, identidade, autonomia, organização, e, principalmente, sobre a nossa vocação e missão na Igreja e no mundo. Na nossa articulação e organização estão a maturidade da nossa vocação, a plenitude da nossa missão, a força do nosso protagonismo, na construção do Reino de Deus no mundo

           Temos, em nossos dias, no mundo, inclusive, na AL e no Caribe, muitos povos sofridos, marcados pela exclusão política, social, econômica, cultural e religiosa.  

             Governos ditatoriais, sistemas econômicos injustos, violação dos direitos humanos, crise dos valores morais e éticos, concentração de renda, colonialismo cultural, agressão à natureza, produção de armas, discriminação das minorias, são, dentre tantos, sinais de morte, frutos do egoísmo humano, da nossa incapacidade de amar e servir a Deus e aos irmãos.

             Nós, cidadãos, independente de tradição religiosa, Igreja, segmento eclesial, com os instrumentos legais e legítimos de que dispõe a nossa cidadania, devemos transformar estas estruturas iníquas, que afrontam a dignidade humana, a própria vida. 

             Nós, Cristãos, cidadãos do Reino, devemos transformar esta realidade, se a olharmos com os olhos de Deus, se a julgarmos à luz da sua palavra, e, se agirmos, nesta realidade, segundo a sua justiça.

            Nós, leigos leigas, nos preocupamos com o mundo, com os seus conflitos, com a humanidade e suas angústias. Em função da natureza secular da nossa vocação e missão, a nossa ação missionária, evangelizadora, profética e libertadora deve realizada nas realidades temporais, ou seja, no meio do mundo, onde devemos ser sal, luz e fermento. Na colheita dos frutos do Reino de Deus, sejamos nós, leigos e leigas, as primícias.

         A vitória da fraternidade, da solidariedade, está na força da nossa fé em Deus, na esperança na vinda do seu Reino, do nosso AMOR aos pobres e aos que sofrem, e, sobretudo, da nossa AÇÃO CONCRETA, que transforma e liberta, a serviço da justiça e da paz.  

       Se assim o fizermos, teremos uma nova humanidade, uma nova sociedade, justa, fraterna, participativa e solidária. Teremos um NOVO ISRAEL, sem pedras e sem fronteiras, uma NOVA JERUSALÉM, sem muros, sem lamentações, sem templo, e sem SANTO DOS SANTOS, porque o templo será o SENHOR NOSSO DEUS, o CORDEIRO(Apoc. 21, 22), a quem adoraremos em espírito e em verdade(Jô. 4,23), a quem proclamamos o Rei do Universo – o CRISTO REI.      E O SANTO DOS SANTOS? NOSSOS CORAÇÕES O SERÃO.  

        Vivemos, no hoje, o tempo das dores da terra. Viveremos, no amanhã, o tempo das consolações dos céus, dos refrigérios do Senhor(At. 3, 19). Esta é a nossa ESPERANÇA 

       Renovemos, então, a nossa esperança: Que os olhos do Senhor estejam sobre TODA a terra, sobre a AMÉRICA, o Continente da Esperança, sobre o BRASIL, a terra da Santa Cruz do Cristo Redentor, sobre o CEARÁ, a Terra da Luz, e sobre FORTALEZA, a esposa do Sol, do SOL DA JUSTIÇA, esperamos.

 

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